
R - Oi, como vai?! Posso me sentar?
M - Sim, claro, a praça é pública. Nos conhecemos?
R - Ainda não sei, tenho uma leve impressão que sim
M - Como Assim está a me falar sentado
ao meu lado sem saberes se me conhece ou não?
R - Simplesmente não sei,
mas imagino que alguém que senta
numa praça sem lago aguarda alguém pra conversar.
M - Como podes saber?
se acha mesmo um sabichão não?
R - Não é bem isso... está vendo aquela
flor no canto da praça? Espera que eu já volto. ; )
M - Sim, eu vejo, mas o que que tem a flor? Não venha
dar uma de galanteador barato pra cima de mim rapaz.
R - É... mesmo assim essa flor é sua. Poderia ser nossa!
Essa praça nunca teve flores, só um ralo gramadinho
que insiste em sobreviver pra formar um belo tapete.
M - Rsrs voce me Parece enigmático homem.
Como conheces tanto e esperas tudo assim dessa flor?
R - Como voce hoje, já passei muitos dias sentado
nessa praça, e penso que essa flor de dia raro
nasceu pra celebrar esse momento, que aliás,
moça que reflete o céu, te ver aqui rebatendo a luz
me mostrou um lindo dia pra reviver esse lugar.
E pelas tantas vezes que passei horas sagradas
aqui sentado conhecendo melhor meu Eu, então,
pensei te conhecer, como eu acredito que me conheço...
Anjo Azul e o Tolo Antiquado (1º Encontro)